quinta-feira, 17 de junho de 2010

Eu e meu humor...

Rafael, Roberto e as minhas pernas finas ...rs

Eu e meu humor não é? Pois é, então hoje resolvir postar algo que recebir por e-mail, que achei bem a minha cara e a cara do meu blog.

Segue:

Posso Errar?

Por Leila Ferreira

Há pouco tempo fui obrigada a lavar meus cabelos com o xampu “errado”. Foi num hotel, onde cheguei pouco antes de fazer uma palestra e, depois de ver que tinha deixado meu xampu em casa, descobri que não havia farmácia nem shopping num raio de 10 quilômetros. A única opção era usar o dois-em-um (xampu com efeito condicionador) do kit do hotel. Opção? Maneira de dizer. Meus cabelos, superoleosos, grudam só de ouvir a palavra “condicionador”. Mas, fui em frente. Apliquei o produto cautelosamente, enxaguei, fiz a escova de praxe e... surpresa! Os cabelos ficaram soltos e brilhantes — tudo aquilo que meus nove vidros de xampu “certo” que deixei em casa costumam prometer para nem sempre cumprir. Foi aí que me dei conta do quanto a gente se esforça para fazer a coisa certa, comprar o produto certo, usar a roupa certa, dizer a coisa certa — e a pergunta que não quer calar é: certa pra quem? Ou: certa por quê?

O homem certo, por exemplo: existe ficção maior do que essa? Minha amiga se casou com um exemplar da espécie depois de namorá-lo sete anos. Levou um mês para descobrir que estava com o marido errado. Ele foi “certo” até colocar a aliança. O que faz surgir outra pergunta: certo até quando? Porque o certo de hoje pode se transformar no equívoco monumental de amanhã. Ou o contrário: existem homens que chegam com aquele jeito de “nada a ver”, vão ficando e, quando você se assusta, está casada — e feliz — com um deles.

E as roupas? Quantos sábados você já passou num shopping procurando o vestido certo e os sapatos certos para aquele casamento chiquérrimo e, na hora de sair para a festa, você se olha no espelho e tem a sensação de que está tudo errado? As vendedoras juraram que era a escolha perfeita, mas talvez você se sentisse melhor com uma dose menor de perfeição. Eu mesma já fui para várias festas me sentindo fantasiada. Estava com a roupa “certa”, mas o que eu queria mesmo era ter ficado mais parecida comigo mesma, nem que fosse para “errar”.

Outro dia fui dar uma bronca numa amiga que insiste em fumar, apesar dos problemas de saúde, e ela me respondeu: “Eu sei que está errado, mas a gente tem que fazer alguma coisa errada na vida, senão fica tudo muito sem graça. O que eu queria mesmo era trair meu marido, mas isso eu não tenho coragem. Então eu fumo”... Sem entrar no mérito da questão — da traição ou do cigarro —, concordo que viver é, eventualmente, poder escorregar ou sair do tom. O mundo está cheio de regras, que vão desde nosso guarda-roupa, passando por cosméticos e dietas, até o que vamos dizer na entrevista de emprego, o vinho que devemos pedir no restaurante, o desempenho sexual que nos torna parceiros interessantes, o restaurante que está na moda, o celular que dá status, a idade que devemos aparentar. Obedecer, ou acertar, sempre é fazer um pacto com o óbvio, renunciar ao inesperado.

O filósofo Mario Sergio Cortella conta que muitas pessoas se surpreendem quando constatam que ele não sabe dirigir e tem sempre alguém que pergunta: “Como assim?! Você não dirige?!”. Com toda a calma, ele responde: “Não, eu não dirijo. Também não boto ovo, não fabrico rádios — tem um punhado de coisas que eu não faço”. Não temos que fazer tudo que esperam que a gente faça nem acertar sempre no que fazemos. Como diz Sofia, agente de viagens que adora questionar regras: “Não sou obrigada a gostar de comida japonesa, nem a ter manequim 38 e, muito menos, a achar normal uma vida sem carboidratos”. O certo ou o “certo” pode até ser bom. Mas às vezes merecemos aposentar régua e compasso.

Leila Ferreira é jornalista, apresentadora de TV e autora do livro "Mulheres – Por que será que elas...,"


Beijos Kel Badu

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Sonhar

Vai um chocolate aí?



Sabe quando você sonha em se formar, em fazer o curso dos sonhos, e não faz?
E aí você faz outro curso, até gosta, e sonha em trabalhar na área, e não trabalha.
Sabe quando você sonha em ter aquele emprego dos sonhos, e não tem?
E se acomoda no empreguinho, que não é nada do que você sonhou.
Sabe quando você sonha em morar em um lugar por toda a sua vida?
E de uma hora pra outra tudo muda, e você tem que mudar.
Sabe quando você sonha em voltar pra este lugar? E algumas vezes até volta, mas só nas férias e quando pode.
Sabe quando você sonha com um homem ideal, o homem dos sonhos?
E aí conhece um homem que não é nada do que você sonhou, mas tudo faz com que vocês nunca se separem, e você continua com ele, e nem sabe qual o motivo maior, se é amor mesmo, ou se é só o comodismo, o costume, ou o medo de ficar só. Sabe lá ... quem poderia responder isso?
Daí, sabe quando você sonha com o casamento dos sonhos? Mas, mais uma vez, nada é do jeito que você sonhou, por mais que você, só você, se esforce para que seja.
E você sabe quando você sonha em ter filhos Gêmeos? E tem, e esse é o único sonho que realmente se torna real, embora o susto, isso te faz muito feliz.
E sabe, quando você está naqueles dias que você se acha um fracasso, que nem para servir de orgulho para seus pais você serviu?
Porque todas essas coisas que aconteceram, e os sonhos foram para o ralo, você foi avisada por eles, mas você não deu ouvidos. E aí você sofre, e pensa, como posso fazer para mudar tantas coisas, para voltar a sonhar com mais força e resgatar tudo, e poder ser orgulho para eles?
Porque hoje sou mãe, e me orgulho a todo estante com meus BBs, no que eles aprendem, no que eles observam com olhares curiosos, no que eles se esforçam para fazer sozinhos ... e eu desejo, sempre me orgulhar mais e mais, porque isso que é gratificante, e nos deixa fora de preocupações, porque se você se orgulha, é porque eles estão sendo corretos, persistentes e vencedores.

E eu estou aqui, tentando, na medida do possível mudar ... e seguindo.
Feliz? Me sinto algumas vezes sim.
Culpada? Quase sempre.
Motivada? Só meus filhos conseguem me dar motivos.
Sonhos? Pretendo alcançar.
Se é fácil? Sabemos que não é.
Mudar? Quero muito.
Forças? Quase que se acabando.
Mas, preciso recarregar minha bateria todos os dias, e tirar forças de onde eu nem sei mais. E me apegar a Deus, e acreditar que ele me dará a vitória. Espero que o mais rápido possível ... a necessidade não sabe esperar.


KelBadu