sexta-feira, 30 de abril de 2010

Medo

Mamãe acabei de acordar e vc já ta tirando foto?
Bom dia caras palidas ...Em plena 7:20 da manhã e mamãe tirando foto minha!

Essa semana conversando com a Babá dos meus filhos, em plena as 7:10 da manhã ela me fala: “Ráque” [é como ela me chama] lá onde eu moro um cara matou a mulher dizendo que na hora que eles estavam namorando a esposa dele se transformou em homem ... e em seguida ela completa: É o fim do mundo “Fia”

Fiquei horrorizada com o que ela me falou fui pesquisar hoje na net sobre o assunto segue o link da reportagem: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/04/29/cidades,i=189461/VIZINHOS+E+FAMILIARES+DIZEM+QUE+HOMEM+QUE+MATOU+ESPOSA+COM+SERROTE+ERA+TRANQUILO.shtml

Sinceramente, concordo que estamos cada dia mais perto do fim do mundo, tantas coisas acontecendo, tantas mortes. É pai que mata filho, filho que mata pai, são drogas, bebidas, armas, padre pedófilo, pastor ladrão, é gerente de banco que ajuda bandido a roubar os clientes, é filho que não respeita mais os pais, são pais que passam a mão na cabeça dos filhos marginais, é doença que chega de repente e mata, é seca é enchente, desmoronamento, milhões de mortos em todo o mundo por conta de muitas tragédias, é a pobreza em todo lugar, é a desigualdade, é político ladrão, e a falta de crença, é a vida sem chão, sem céu, sem esperança ... é a preocupação se vamos voltar para casa após um dia de trabalho, é a preocupação se vamos conseguir transformar nossos filhos em bons filhos, sendo que lá fora e até na TV a educação que é passada é outra.

Sinceramente, tenho saudades da minha infância, quando minha mãe me deixava na rua brincando a noite, enquanto assistia TV em casa com as portas abertas, quando eu jogava bola até umas 2 hs da madrugada com os amigos, quando os vizinhos saiam na calçada com suas cadeiras e ficavam conversando na rua enquanto as crianças brincavam, quando eu assistia snoop, pantera corde rosa, smurfs, pequeno poney, cavalo de fogo, ursinhos carinhosos ... e muitos outros. Tenho saudades de ir para as festa e não me preocupar se alguém vai brigar ou pior ...bem tenho saudades de muitas coisas tranquilas.
Hoje em dia tenho medo ... medo de como será a vida dos meus filhos, medo de coisas ruins, se alguém se aproxima, penso que pode até ser um pedófilo ... paranóia? Pode até ser, mas é este mundo louco que está nos deixando paranóicos, aposto que não é só eu que penso assim.
O que nos resta é apenas orar e pedir a Deus que nos guarde, e guarde nosso filhos e nossa vida. Pq sabe lá se irei voltar se as pessoas que amo iram voltar.

Bom, sem mais ... finalizo com a famosa frase:
“É preciso amar as pessoas como se não houvesse o amanhã, pq se vc parar para pensar, na verdade não há...”


Kel Badu

4 comentários:

Marlon José de Lima disse...

Raquel. Realmente assustador o texto da reportagem. Porém me parece mais distúrbios de uma mente doentia e menos um caso de violência social.
Mas você está correta em suas preocupações. Parece que o mundo, ou ao menos o mundo em torno de nós, não é um lugar seguro para se viver.
Eu nasci aqui no DF mas me mudei para Anápolis-GO com 5 anos. Lembro que a primeira vez que fechei a porta da sala ou tranquei o portão eu já estava com mais de 21 anos. Durante toda a infância e adolescência foi como você disse, ficava na rua com a molecada, portão aberto, porta da sala aberta. Às vezes chegava em casa e minha mãe e meu pai estavam colhendo café no quintal dos fundos e a porta aberta.
Parece que os tempos de hoje banalizaram a violência. Tudo bem que na minha época o Pica-Pau já levava porrada, o Papa-léguas já explodia o Coiote Coió, mas até os desenhos atuais parecem clamar por terror. É briga por cartas, é demônio que sai das cartas, é criança ninja, criança bruxa, sei lá...
Eu olho para minha garotinha de 3 anos e penso como protegê-la deste mundo. E parece que só Deus mesmo para dar jeito. Mesmo as igrejas não são mais lugar seguro, independente da confissão religiosa.
Mas é isto aí, não se pode morrer a esperança, não se pode morrer o sonho, não podemos nos entregar.
"Se quizerem meu sangue, terão o meu sangue só no fim. E se eles querem meu corpo, só se eu tiver morto, só assim!".

Keite Marinho disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Keite Marinho disse...

Minhas carinhas amarrotadinhas mais lindas....rsrsrsr!!

Pois é Prima... saudade mesmo da nossa infância.. tudo era tão bom. Exatamente como descreveu, assim eu também vivi aqui. Queria que as pessoas pensassem mais no próximo... cuidassem um dos outros. É tudo tão diferente hoje... brigas nas escolas por motivos futéis,(agridem professores), levam armas para sala de aula...É de arrepiar só de pensar (hj "assistindo") as barbáries causadas/sofridas pelo Homem. Prefiro pensar nas coisas boas que podemos fazer, ensinar....assim meu coração se conforta.

Ensinar o que vivemos aos nossos filhos, amigos, visinhos, família.. para ao menos sonhar/viver com mudanças.

Ana Paula disse...

Concordo em gênero número e grau com o seu texto, o mundo anda meio "virado" mesmo, agora é fé em Deus pra seguir em frente.